sexta-feira, 20 de junho de 2014

Quando Nós Nos Entregamos - Olindo Santana



Quando nós nos entregamos,
no doce balanço das horas,
parece que a vida lá fora,
deixou de existir pra nós dois.

Quando o tempo demora,
a dança das horas,
apressam seus passos,
e o ponteiro agitado,
nos move apressados,
nesse balanço agradável.

E no doce balanço da dança,
o seu ritmo não cansa,
o meu não descansa,
até que ofegante se faça,
o abandono cansado,
dos nossos corpos suados,
sempre querendo mais...



terça-feira, 10 de junho de 2014

Porque... Olindo Santana


Porque adoça a meu paladar,
a intrusão da tua língua
na minha boca.
Porque desacelera meu pensamento,
toda vez que meus sentimentos
abocanham essa paixão louca.
Porque em brasa meu corpo
queima teu corpo,
nesse fogo louco
que nos consome.
Porque me faz mais macho
do que homem
a tua fêmea de tantos nomes.
Porque despertas esse animal
que me faz mal,
mas te faz bem,
que esse mortal,
quisera fosse santo,
mas de santo nada tem;
Passa as noites em claro,
se escurece e tu não vens,
se amanhece e não te tens.
Mas sabes bem da minha loucura.
Dos meus pecados descontrolados.
Da minha carne necessitada. 
Do meu silêncio mal desejado.
Sabes que por teu amor,
a tua sede, e teu despudor,
aceito tranquilamente ser condenado.



domingo, 8 de junho de 2014

Sou Seu - Olindo Santana

Sou seu, e por ser teu,
nada meu se nega a ti.
Mas quando duvida de mim,
e eu em ti fico ferido,
por que será que a minha vida,
ainda insiste,
que eu não te esqueça,
ao contrário,
ainda mais te pertença,
e busque ainda mais
que te mereça...
Que coisa louca é essa
que mexe tanto com a minha cabeça,
para que nem a minha própria vida
me pertença.
Coisas que o amor não explica!




Imagino _ Olindo Santana

Eu imagino você chegando
calma e bela,
aquietando a minha procura,,
sossegando meus soluços,
pondo fim a toda ansiedade
e toda saudade
que a sua ausência causa em mim.
Imagino eu te recebendo,
bebendo teus beijos,
despertando teus desejos,
prendendo teus passos,
" afinal aonde é que tu vais ",
se libertá-la não posso mais...
Imagino nosso descontrole,
e os prazeres perdidos,
recuperados.
Imagino tua entrega,
teu consentimento,
e os nossos corpos ardendo.
Imagino, meu Deus,
que não haja mais eu,
por ser seu,
e que por ser minha,
não seja mas você,
e doravante, somente nós!