sábado, 27 de setembro de 2014

Desejos - Olindo Santana

Ah, no primeiro instante em que ti vi,
parece que me consumi,
de tantos desejos em mim se alimentando.
Te juro, perdi a noção,
e por tanto desejar-te,
te peço perdão,
porque envergonha-me
impura imaginação.
Mas devo confessar em segredo,
que apesar de sentir tanto medo,
não sei amar de outro jeito,
e não posso conter o profano desejo,
de ter tua pele acariciando os meus beijos.

sábado, 20 de setembro de 2014

Seu Carinho - Olindo Santana

Tenho andado tão sozinho,
é... parece que o seu carinho,
resolveu me abandonar.
Minhas noites tão escuras,
uma lua de amargura,
escureceu no meu olhar.
Não há canto ou passarinho,
quando acordo estou sozinho,
e você como estará.
Céu cinzento, muita chuva,
o meu pranto não me curva,
mas é capaz de me quebrar.
E não sei porque agonia,
ainda ocupo o meu dia,
só pensando em te amar.
A verdade é que a paixão,
torna escravo o coração,
que não se importa de chorar.
E assim eu vou seguindo,
de repente você vem vindo,
eu preciso acreditar...
Deixo o coração sonhando,
seu perfume me guiando,
aonde o vento me levar.

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Aquele Encontro - Olindo Santana

Aquele encontro,
tão esperado,
tão desejado,
ah, você existia.
Eu sabia e sonhava,
esperava,
e não desanimava...
Ah, aquele encontro,
seus olhos nos meus,
tão teus...
Meu Deus,o medo do adeus,
querendo mergulhar,
no mais profundo daquele olhar...
Aqueles olhos,
tão diferentes do mar,
sem medo de me afogar,
tão certo de amar...
Aquele encontro,
e a felicidade explodindo no ar!...

sábado, 13 de setembro de 2014

As Estrelas - Olindo Santana

Não sei se as estrelas descem do céu,
ou se adormecem na grama de algum jardim.
Às vezes penso que se fazem mulheres,
e que alguma delas brilha perto de mim.
Eu nem sei se amo mais as estrelas
ou as mulheres,
é que as mulheres, estrelas também se fizeram.
Todas elas me conquistaram,
as estrelas que amei,
e as mulheres que me amaram.


domingo, 7 de setembro de 2014

Minha Sede - Olindo Santana

E como carrego comigo
a estranha convicção do teu desejo,
ainda me tenho guardado,
a memória do calor dos teus beijos.
E como não consigo
em outras bocas matar minha sede,
terei que transportar o teu rio,
para mergulhar na minha rede.

sábado, 6 de setembro de 2014

Amor e Espera - Olindo Santana

Encostaste teu rosto no meu,
coração soluçando,
bebendo as lágrimas
de um adeus,
que não era meu,
e nem teu.
Me aprofundei nos seus olhos,
olhos lindos e claros,
muito embora embaçados,
pela dor que suportavam,
de tão chorados e magoados.
Sem saber da tua história,
que até hoje ignoro,
logo me apaixonei.
Nasceu aquele desejo,
a vontade de um beijo,
que por tanto tempo esperei,
e que quando você me deu,
o primeiro beijo seu,
quase que desmaiei.
Te amei com paciência,
enquanto você se recuperava,
e descobrisse que o seu amor,
não era o que você pensava.
Um dia você acordou,
tinha um brilho novo no olhar,
coração palpitando,
sem chorar,
e um vontade desesperada de me amar.
Meu coração disparou feliz,
amei ser amado,
como sempre quis,
e me entreguei desesperado,
ao meu sonho acordado,
que tinha nas mãos do teu amor,
o mesmo amor que te havia guardado.