domingo, 31 de agosto de 2014

Estranho - Olindo Santana

Estranho, seus olhos vazios,
negando-me o seu sorriso.
Estranho, perdermos o compromisso,
de nos abandonarmos pela vida,
sem ter que nos despedir.
Estranho, não ter nada com isso,
ver o nosso paraíso,
subitamente desaparecer.
Estranho te perder.
Estranho não te sentir.
Estranho, mentir pra mim mesmo,
quando grito teu nome a esmo.
Estranho você não vim aqui,
quando não quer fugir de mim.
Estranho, tudo muito estranho,
e sem motivos de ser...
Estranho você sem mim...
... eu sem você...
Juntinhos pelo mundo,
prontinhos pra se perder!


domingo, 24 de agosto de 2014

Quero-te - Olindo Santana

Quero-te mais,
muito além da tua presença.
Quero-te perdidamente,
morrendo de sede por dentro.
Quero te consumir,
consumindo meus pensamentos.
Quero-te todo momento,
sem nenhum outro sentimento.
Quero-te sozinha,
no meio de toda gente.
Quero-te simplesmente,
num cantinho somente da gente.

terça-feira, 5 de agosto de 2014

Como Pode - Olindo Santana

E como pode eu sentir prazer,
em só simplesmente gostar de você,
justificando o teu abandono,
abraçado às solitárias lembranças,
nas minhas noites sem sono.
E na miséria da minha agonia,
desejar desesperadamente de novo o dia,
de beijar novamente os lábios seus,
que de tão ardentes queimaram os meus,
tatuando em meu ser uma saudade em mim,
que em nenhum momento, apesar do tormento,
reivindico que conheça o fim.
Como pode alguém por amor,
querer abraçar a dor,
e se sacrificar tanto assim?...







domingo, 3 de agosto de 2014

Quis - Olindo Santana

Quis ao céu aberto
olhar teus olhos de perto,
cobertos de sonhos,
respirando versos
que componho.
Quis sob a luz das estrelas,
vê-la completamente despida,
com aquela luz refletida,
sobre todas as tuas medidas.
Quis te desejar ainda mais,
ver se algum anjo é capaz,
de recusar-me a melodia,
dos que morrem pela a alegria,
de conhecer um grande amor.
Quis garantir que o Senhor,
me consentirá em outra morada,
mesmo que dure mais a tua jornada,
a tua presença amada,
mesmo que dure mais a tua jornada.
... E que a eternidade,
não me conceda piedade,
se na outra vida, não me completas,
oh, minha adorada metade...