quinta-feira, 14 de março de 2013

O amor vale a pena - Olindo Santana

Agora, que dos meus vícios me desgrudei,
que a sossegado viver, me acostumei.
Longe das tabernas e das prostitutas,
das minhas insônias noturnas,
triste mocidade desperdiçada.
Agora com a face enrugada,
encostada nos seios que me acolheu.
Posso dizer se valeu ou não valeu,
todos os passos cambaleados,
de dias e noites acordados.
Antes já tivesse te conhecido,
quando aquele espírito, adormecido,
ainda sequer conhecia o amor,
sequer ligava para a dor.
O reflexos da minhas lembranças,
que o meu coração hoje, inflama.
Me diz: - por ondes é que andavas,
que a vida passava e não notavas?
Escravo da própria consciência,
indigno da tua doce paciência,
sou grato porque me ensinaste, pequena,
que só o amor vale a pena!
Se no teu colo encontro repouso, tranquilidade,
na prole que tu me deste, felicidade.
Recebo mais e mais do que mereço,
o que a Deus eu muito agradeço,
porque só o amor vale a pena,
nessa ilusória vida terrena.

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